Política

Da Redação do Jornal de Fato

Duas pré-candidaturas à Assembleia Legislativa, com forte atuação política na região do Vale do Açu, são vistas como uma ameaça ao projeto de reeleição do deputado estadual Nelter Queiroz (PSDB). Os ex-prefeitos de Assú, Gustavo Soares, que se filiará ao MDB, e Ivan Júnior, do União Brasil, prometem avançar no principal reduto eleitoral de Nelter, o que é visto como um obstáculo em potencial para o parlamentar conquistar o décimo mandato.

Gustavo e Ivan, como são adversários políticos, tendem a polarizar a disputa pelo voto a partir de Assú, onde estão concentrados os seus maiores redutos, e que tem influência direta nos demais municípios da região. É justamente nessa área que Nelter construiu a sua carreira política e consolidou o seu “canteiro eleitoral”.

O parlamentar dá sinais de que vai abrir os braços para não ser “engolido”. E a estratégia é partir para o confronto direto, como forma de evitar que os dois ex-prefeitos travem o debate para atrair o eleitor regional.

Na sessão desta terça-feira, 18, no plenário da Assembleia Legislativa, Nelter Queiroz partiu para cima ao afirmar que estava preocupado com a situação financeira da Prefeitura de Assú, consequência, segundo ele, de um “descontrole financeiro e administrativo” dos últimos anos. Nelter Queiroz afirmou que o município enfrenta uma “crise moral e política, resultado de sucessivas más gestões”.

O deputado afirmou que a administração anterior deixou uma dívida com fornecedores, prestadores de serviço e pequenos comerciantes locais, que até hoje aguardam pagamento. Ele mencionou, ainda, o passivo crescente de precatórios e financiamentos, que configuram um “verdadeiro rombo nas contas do município”.

A gestão anterior, citada por Nelter, é de Gustavo Soares, que foi prefeito entre os anos 2017 a 2024 e, nas eleições do ano passado, elegeu o sucessor, atual prefeito Lula Soares, que é seu primo. Antes de Gustavo, a Prefeitura de Assú foi comandada por Ivan Júnior entre os anos de 2009 a 2016.

O parlamentar afirmou que a situação se agravou em 2025, com o atraso no pagamento de salários dos servidores municipais. “Isso é algo que nunca deveria acontecer com uma administração equilibrada e comprometida com quem faz o município funcionar”, declarou.

Nelter Queiroz defendeu uma investigação nas contas do município. O parlamentar provocou o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RN), Ministério Público Estadual (MPRN) e a Câmara Municipal de Assú para que instaurem uma apuração rigorosa sobre o estado real das finanças, a legalidade das ações recentes e o cumprimento das obrigações trabalhistas.

O deputado ainda expressou solidariedade aos trabalhadores comissionados recém-exonerados, cujas rescisões contratuais correm o risco de se arrastar até 2027. “Nosso povo querido de Assú merece respeito, merece transparência e merece uma gestão que pague o que deve e planeje o futuro com responsabilidade”, concluiu.

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Mostrando sensibilidade em relação ao tema, a governadora Fátima Bezerra esteve presente nesta quinta-feira (06), na abertura da 4ª edição do Fórum de Reciclagem de Resíduos Sólidos do RN, que acontece na Casa da Indústria (FIERN) até a sexta (07). Marcando presença desde a primeira edição do evento aqui no estado, Fátima aproveitou o momento para sancionar a lei que trata da Política Estadual de Incentivo à Reciclagem, à Circularidade e ao Sistema de Logística Reversa.

A lei sancionada, aprovada por unanimidade pela Assembleia Legislativa, de autoria do Deputado Estadual Hermano Morais, estabelece novas obrigações para empresas e cria o Certificado de Crédito de Reciclagem. Com a nova regra, fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de produtos com embalagens recicláveis ficam obrigados a estruturar sistemas de logística reversa. A obrigatoriedade também se estende a grandes geradores de resíduos e a empresas que necessitam de licenciamento ambiental no estado.

O Sistema Estadual de Logística Reversa e Créditos de Reciclagem (RECICLARN) significa que o estado está garantindo que empresas, distribuidores e grandes geradores de resíduos tenham responsabilidade direta sobre o destino das embalagens e dos materiais que colocam no mercado.

Já o Certificado de Crédito de Reciclagem só poderá ser emitido por cooperativas e associações de catadores devidamente formalizadas e licenciadas. Ou seja, além de garantir a compensação ambiental, essa nova política gera renda, reconhece e valoriza o trabalho dos catadores e catadoras, com transparência e rastreabilidade em todo o processo.

“Quero aqui saudar os nossos catadores e catadoras e dedicar essa lei a vocês”, iniciou assim sua fala a governadora Fátima Bezerra, ressaltando a importância da lei para a sustentabilidade, além de trazer segurança jurídica, previsibilidade e celeridade para o setor de reciclagem. “Porque estamos aqui tratando da agenda mais importante do mundo hoje, que é a descarbonização do planeta”, lembrando que a COP 30 acontecerá agora em novembro em Belém do Pará – será 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas.

“Era algo que nós não tínhamos regulamentação, e que vai nos dar a possibilidade de usar, usufruir, gerar renda dentro do estado do Rio Grande do Norte com as compensações ambientais”, comemorou o presidente do SINDRECICLA-RN, Etelvino Patrício. “Nós precisamos entender que sem sustentabilidade teremos um futuro condenado. A discussão ambiental já não tem mais fronteiras, os efeitos de causas naturais estão acontecendo em todo o mundo, inclusive no nosso país”, salienta.

Etelvino traz um dado importante do setor no Rio Grande do Norte, que é a criação de quase 6 mil empregos diretos e cerca de 18 mil empregos indiretos. Outro avanço foi o aumento do número de municípios que passaram a destinar adequadamente seus resíduos. Nos últimos três anos, o número passou de 41 para 95 cidades com práticas regulares de descarte e coleta seletiva.

Autor da lei sancionada hoje, o deputado estadual Hermano Morais também preside a Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia, Desenvolvimento Socioeconômico, Meio Ambiente e Turismo na Assembleia Legislativa do RN. “Hoje temos 148 empresas atuando e cerca de 18 mil catadores. Precisamos evoluir também na formalização, que já vem acontecendo, mas vamos adiantar porque todos sairão ganhando nesse processo”, diz o deputado, agradecendo a governadora pela sanção da lei, “você que trabalha, que tem sensibilidade social e que tem elevado o conceito da reciclagem do Rio Grande do Norte”, disse.

A governadora enfatizou que a nova lei é uma das mais modernas do país, sendo “fruto da vontade política, do diálogo, da sinergia, da parceria e de compromisso entre o poder público, o setor produtivo, o setor privado, a academia e a sociedade civil. E quem ganha é a população”, explicou. Para a produção da legislação, estiveram envolvidos, em esforço coletivo, técnicos do governo da SEMARH e do IDEMA, que já estavam debruçados sobre o assunto, o IBAMA, o SEBRAE, o próprio SINDRECICLA, a UFRN e o IFRN, entre outros.

O presidente da FIERN, Roberto Sequiz também falou da importância dessa regulamentação. “Esse segmento é um segmento transversal. Ele consegue abranger todas as atividades industriais, e mais ainda, atender a toda uma demanda reprimida da sociedade com relação ao destino correto dos nossos resíduos”, explicou Serquiz.

O presidente da FIERN faz uma retrospectiva do setor no estado, recordando que até 2014 a indústria da reciclagem vivia no anonimato. “Existia, mas de forma desarticulada, era restrita ao que se chamava de sucata”. Segundo Serquiz, o surgimento do Sindrecicla, em 2014, mudou esse cenário, quando o setor passou a ser reconhecido formalmente, inclusive no cadastro do CNAIC, a Classificação Nacional de Atividade Econômica. Foi um marco de legitimidade e de representatividade, pois a indústria passou a ser vista com um novo olhar. “E isso foi compreendido pela governadora, que não apenas reconheceu essa atividade, como a incluiu no programa de incentivo do Estado, no PROEDI. Isso foi fundamental para que esse setor pudesse avançar”, lembra.

Serquiz salientou que é importante mudar o olhar para a atividade industrial, que não é apenas gerar receita e criar empregos. “A atividade industrial está na capacidade de promover a cidadania, a melhoria de vida, de guardar a vida e o bem-estar da população”. E o setor de reciclagem prova isso, quando deixa de enterrar o que é visto como lixo e o leva para um novo processo de produção, em acordo com a agenda global da sustentabilidade.

O superintendente do IBAMA no Rio Grande do Norte, em consonância com esse novo olhar, salientou que “o lixo não é lixo, é riqueza”, chamando atenção para o processo atual que se enterra valor, se enterra riqueza todos os dias. “É um grande desafio para o Brasil limpar o planeta de tanto lixo e que aqui vocês fazem com tanta competência”, diz.

Outros avanços para o setor

Um dos avanços para o setor de reciclagem foi a adesão do RN ao Projeto Pró-Catador, que prevê o fortalecimento da atuação dos catadores por meio de acesso a crédito, capacitação, inclusão em contratos públicos e ações de assistência social. “Quando participei do segundo Encontro Estadual de Catadores e Catadoras, assumi o compromisso de garantir o apoio do Governo do Estado para fortalecer as cooperativas e associações, para garantir formação, acesso a crédito e condições dignas de trabalho”, explica a governadora Fátima Bezerra.

A parceria com a FUNASA também foi retomada, o que vai permitir obras e investimentos importantes, como a construção do Aterro Sanitário de Caicó e novas estações de transbordo no Seridó e no Alto Oeste. São mais de R$ 22 milhões de reais investidos para melhorar a destinação dos resíduos e proteger os recursos naturais do estado.

Além disso, dois projetos do Rio Grande do Norte foram selecionados pelo Novo PAC, através do programa RN+Recicla. Serão R$ 34 milhões de reais investidos para beneficiar 38 municípios das regiões do Seridó e do Vale do Açu, atendendo mais de 400 mil pessoas. Esses projetos vão estruturar cooperativas, garantir equipamentos, veículos e melhores condições para a coleta seletiva e o reaproveitamento de materiais.

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O ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para 2 de setembro o início do julgamento da ação penal que tem como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados, todos réus por tentativa de Golpe de Estado. 

O julgamento foi marcado para começar às 9h. Zanin reservou oito sessões para a análise do caso, seis delas extraordinárias, ou seja, realizadas em horários fora do previsto para a Primeira Turma. 

Além do 2 de setembro, com uma sessão pela manhã e outra a tarde, a demais sessões estão previstas para ocorrer nos dias 3, 9, 10 e 12 de setembro, conforme cronograma divulgado pela secretaria da Primeira Turma. 

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Com o objetivo de reforçar a segurança de médicos, enfermeiros, auxiliares, vigias e outros profissionais da área da saúde, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte recebeu, nesta terça-feira (12), um Projeto de Lei que propõe a instalação do “Botão do Pânico” em hospitais e clínicas.

A iniciativa, de autoria do deputado estadual Gustavo Carvalho (PL), busca oferecer uma resposta mais rápida a casos de violência e ameaça durante o exercício profissional. O dispositivo, ao ser acionado, enviará um alerta imediato ao Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (CIOSP) da Polícia Militar, informando a localização exata da ocorrência. Além disso, o sistema de segurança interna da unidade também será ativado, alertando a equipe de plantão.
Implementação gradual em cinco anos.

De acordo com o texto do projeto, a implantação do sistema será feita de forma gradual. No primeiro ano, 10% das unidades de saúde deverão ser equipadas com o dispositivo. O percentual subirá para 30% no segundo ano, com a meta de que todas as unidades públicas, privadas e conveniadas do estado estejam com o “Botão do Pânico” instalado até o quinto ano.

Na justificativa do projeto, o deputado Gustavo Carvalho destacou a gravidade da violência contra profissionais de saúde, que afeta tanto o atendimento à população quanto a segurança no ambiente de trabalho. Ele argumenta que a medida não só reduzirá o tempo de resposta das forças de segurança, mas também servirá como um fator de prevenção para novos casos.

Se aprovado, o Projeto de Lei será encaminhado para a sanção da governadora do Estado.

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A governadora do RN Fátima Bezerra participou nesta quarta-feira, 13, em Belém do Pará, da reunião do Fórum Nacional de Governadores e defendeu que os governadores devem se somar ao Governo Federal e mostrar para o país e para o mundo que a defesa do meio ambiente deve ser encarada como política de estado, com financiamento, planejamento, determinação e compromisso. A reunião foi preparatória para a Conferência das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas (COP30), que acontecerá entre os dias 10 e 21 de novembro próximo.

Fátima Bezerra acrescentou que o Brasil tem potencial para liderar a agenda da transição energética no mundo pelas condições geográficas e climáticas para a produção de energia limpa. Ela pontuou, entretanto, que “não podemos perder de vista que esse processo de transição tem que se dar pela marca, responsabilidade, sustentabilidade e pela inclusão social”.

A governadora citou o protagonismo do RN na geração de energia limpa, como eólica e solar, ocupando o primeiro lugar no país, com 33% da produção nacional. “E não é apenas o Rio Grande do Norte, o Nordeste tem um papel decisivo na produção de energias renováveis e, com isso, contribui para que o Brasil apresente o seu protagonismo ao nível mundial no processo de transição energética. E é nesse contexto que o Consórcio Nordeste debate e defende a criação do Fundo da Caatinga, inspirado no Fundo Amazônia, pelo quanto que o nosso bioma precisa e merece ser cuidado como os demais biomas”, afirmou.

A reunião em Belém contou com a participação do presidente da Comissão Nacional da COP30, embaixador André Corrêa do Lago. Fátima Bezerra falou em nome do governo do RN e representando o Consórcio Nordeste lembrou sua participação da COP27, no Egito, e destacou a importância do estado do Pará sediar esta nova edição do evento, por estar localizado na região norte do Brasil e na Amazônia Legal, que têm grande importância ambiental e ecológica.

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Por g1

O governo apresentou nesta quarta-feira (13) a primeira parte do pacote de medidas para socorrer empresas afetadas pela cobrança de uma sobretaxa de 50% para entrada de produtos brasileiros nos Estados Unidos.

– A principal medida anunciada foi a criação de uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para auxiliar empresas impactadas pelo tarifaço imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump. O acesso às linhas estará condicionado à manutenção do número de empregos.

– Também foi prorrogado, por um ano, o prazo para que as empresas consigam exportar mercadorias que tiveram insumos beneficiados pelo chamado “drawback”. O mecanismo foi criado para incentivar as exportações e permite a suspensão ou isenção de tributos na importação de insumos utilizados para fabricar produtos que serão exportados em seguida.

– Além disso, a Receita Federal fica autorizada a fazer diferimento (adiamento) de cobrança de impostos para as empresas mais afetadas pelo tarifaço. Essa prática já havia sido adotada anteriormente durante a pandemia da Covid-19.

– O governo também anunciou que as empresas exportadoras terão crédito tributário (valores a abater em impostos) para que suas vendas ao exterior sejam desoneradas. As grandes e médias empresas passam a contar com até 3,1% de alíquota, e as micro e pequenas, com até 6%. Essa medida terá impacto de R$ 5 bilhões até o fim de 2026.

– As empresas exportadoras, principalmente as pequenas e médias, terão mais acesso a operações de seguro, que protegem o exportador contra riscos como inadimplência ou cancelamento de contratos.

– A União, estados e municípios poderão fazer compras públicas para seus programas de alimentação (para merenda escolar, hospitais etc.). A medida vale apenas para produtos afetados pelas sobretaxas dos EUA.

– O governo anunciou, ainda, que continuará trabalhando para diversificar mercados, ou seja, buscando novos países compradores dos produtos sobretaxados pelos Estados Unidos.

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A governadora Fátima Bezerra e o Desembargador do Tribunal de Justiça, Glauber Rêgo assinaram na manhã desta quinta-feira, 07, o Plano Estadual de Políticas Penais do Rio Grande do Norte. Também denominado “Plano Estadual Pena Justa”, foi construído com ampla participação social, envolvendo a sociedade civil, a população carcerária, servidores da Polícia Penal do Estado, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) visando tratamento adequado às necessidades da população afetada.

“É um marco histórico que reforça o compromisso do RN com a reforma do sistema prisional e com o respeito aos direitos humanos. E representa o cumprimento da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que reconheceu o estado de coisas inconstitucional no Sistema Prisional Brasileiro. Agora o documento será encaminhado ao STF para homologação, conforme orientação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)”, afirmou a governadora Fátima Bezerra.

O desembargador, Glauber Rego, supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e de Execução de Medidas Socioeducativas ressaltou que “firmamos hoje não apenas documentos, mas um pacto pela dignidade humana, combatemos um estado de coisas inconstitucionais e falhas na missão de ressocializar. Temos a missão cívica de arrancar o estado da inconstitucionalidade. A verdadeira segurança virá do encarceramento consciente e este é um compromisso com o futuro e com as novas gerações”.

Vice-presidente do TJ, a desembargadora Berenice Capuxu, registrou que o Pena Justa “é resultado do trabalho de 8 meses envolvendo os poderes executivo e judiciário, ouvindo a sociedade”. No RN, o Comitê Estadual de Políticas Penais está sob coordenação conjunta do Poder Executivo, por intermédio da SEAP, representada pelos Secretários de Estado Titular e Adjunto, Helton Edi Xavier da Silva e Arméli Marques Brennand e do Poder Judiciário, por intermédio do GMF, representado pelo desembargador Glauber Rêgo e pela Juíza Sulamita Bezerra Pacheco.

O QUE É

Pena Justa é o plano nacional para enfrentar a situação de calamidade nas prisões brasileiras, construído pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a União com o apoio de diversos parceiros institucionais e a sociedade civil. Sua elaboração segue determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 347 (ADPF 347) em outubro de 2023.

A decisão indicou que há violações sistemáticas de direitos humanos nas prisões, que oferecem condições precárias de infraestrutura, higiene e alimentação, atendimento insuficiente em saúde, superlotação, insuficiência na gestão processual das pessoas apenadas e relatos de tortura e maus tratos. Esse cenário configura um estado de coisas inconstitucional (ECI), reconhecido pelo STF.

Tal estado de desconformidade compromete a capacidade do sistema prisional brasileiro de promover uma responsabilização justa, com efeitos na reinserção social dessas pessoas na vida pós cárcere e na reincidência criminal. Tem, portanto, impactos significativos não apenas na vida das pessoas apenadas, mas no cotidiano, na segurança e na garantia do bem-estar social de todas e todos.

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O governo brasileiro acionou a Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as medidas tarifárias impostas pelos Estados Unidos contra produtos produzidos no Brasil. Na avaliação do Itamaraty, os EUA “violaram flagrantemente” compromissos assumidos com a própria OMC.

“Ao impor as citadas medidas, os EUA violam flagrantemente compromissos centrais assumidos por aquele país na OMC, como o princípio da nação mais favorecida e os tetos tarifários negociados no âmbito daquela organização”, informou, por meio de nota, o Ministério das Relações Exteriores.

O documento enviado à OMC é um pedido de consultas aos EUA, instrumento instituído com o propósito de viabilizar, às partes, uma solução negociada para a disputa antes do eventual estabelecimento de um painel.

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Rio Grande do Norte apoia medidas contra o “tarifaço”

– Trata-se, portanto, de uma primeira etapa formal no âmbito do sistema de solução de controvérsias na OMC. O pedido foi apresentado no âmbito do Sistema de Solução de Controvérsias da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Nesse documento, o governo brasileiro voltou a reiterar sua disposição para negociação. Ele espera que as consultas contribuam para uma solução para a questão. A data e o local das consultas deverão ser acordados entre as duas partes nas próximas semanas.

Trump

No mês passado, o presidente Donald Trump anunciou tarifas mais altas para produtos importados do Brasil como retaliação pelo processo de tentativa de golpe de Estado ao qual o ex-presidente Jair Bolsonaro responde na Justiça.

Na prática, as tarifas de 50% para vários produtos brasileiros inviabilizam a comercialização desses produtos com os Estados Unidos. 

Fonte: Agência Brasil

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O deputado estadual Gustavo Carvalho (PL) cumpriu agenda nesta terça-feira, 5 de agosto, em Mossoró, na região Oeste potiguar, onde se reuniu com o ex-vereador Zé Peixeiro. O encontro aconteceu durante um almoço em um restaurante da cidade e teve como pauta principal o apoio ao projeto político-eleitoral de Carvalho, que disputará seu sexto mandato na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte em 2026.

Durante a conversa, os dois líderes políticos alinharam estratégias para as eleições de 2026. Zé Peixeiro declarou apoio à reeleição de Gustavo Carvalho e avançou nas tratativas para formalização da aliança.

Com forte base eleitoral na zona norte de Mossoró, Zé Peixeiro acumula três mandatos na Câmara Municipal. Foi eleito pela primeira vez em 2008, com 2.921 votos, ficando em oitavo lugar. Em 2012, não se reelegeu, mas voltou em 2016 como o mais votado do pleito, com 3.034 votos. Em 2020, garantiu mais um mandato, sendo o terceiro mais votado com 2.802 votos.

Nas eleições municipais de 2024, Zé Peixeiro optou por não disputar a reeleição e apoiou Vavá (REDE), que foi eleito vereador com a quinta maior votação da cidade, somando 3.461 votos.

A adesão de Zé Peixeiro ao projeto de Gustavo Carvalho representa um reforço significativo para o deputado na capital do Oeste, especialmente nas comunidades onde o ex-vereador mantém forte influência política.

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Por G1.com

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (4) a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL), proibiu visitas e mandou apreender celulares na casa do ex-presidente. A Polícia Federal fez buscas no local e recolheu um aparelho.

Na decisão, Moraes afirma que Bolsonaro utilizou redes sociais de aliados – incluindo seus três filhos parlamentares – para divulgar mensagens com “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”.

Uma dessas postagens ocorreu no domingo (4) na conta do filho e senador, Flávio Bolsonaro (veja mais abaixo), para repercutir atos a favor de Bolsonaro em cidades do país.

“O flagrante desrespeito às medidas cautelares foi tão óbvio que, repita-se, o próprio filho do réu, o senador Flávio Nantes Bolsonaro, decidiu remover a postagem realizada em seu perfil, na rede social Instagram, com a finalidade de omitir a transgressão legal”, escreveu Moraes.

Para o ministro, a atuação do ex-presidente, mesmo sem o uso direto de seus perfis, burlou de forma deliberada a restrição imposta anteriormente.

Moraes tinha determinado medidas cautelares a Bolsonaro no dia 18 de julho, por indícios de que o ex-presidente estava obstruindo o processo no qual é réu por tentativa de golpe de Estado.

Dentre essas medidas estavam, por exemplo, o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de sair de casa à noite e nos fins de semana.

O despacho ressalta que as condutas de Bolsonaro demonstram “a necessidade e adequação de medidas mais gravosas de modo a evitar a contínua reiteração delitiva do réu”.

Segundo Moraes, as medidas cautelares em vigor foram desrespeitadas “mesmo com a imposição anterior de restrições menos severas”, como a proibição de uso das redes sociais e de contato com outros investigados.

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