São Francisco

Às 23 horas e 53 minutos desta quarta-feira, dia 13, as águas do Rio São Francisco chegaram ao Rio Grande do Norte. Um marco histórico que representa um novo tempo para a segurança hídrica do estado. “É a concretização de um sonho que se torna presente e futuro. Como sertaneja conheci de perto as dificuldades pela escassez de água. Viver este momento me emociona profundamente. Lutamos muito por isso. O povo potiguar tem resiliência forjada no trabalho. A água chegou vinda de longe para todos e para todas”, afirmou a governadora Fátima Bezerra.

O secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Paulo Varella, também destacou a singularidade do momento: “A chegada das águas do São Francisco ao Rio Grande do Norte representa segurança hídrica para as atuais e futuras gerações. Essa integração de bacias não é apenas uma obra de engenharia; é uma política de Estado que garante desenvolvimento sustentável, fortalece a economia e leva cidadania para milhares de famílias potiguares.”

O Projeto de Integração de Águas do Rio São Francisco (PISF) é a maior obra de infraestrutura hídrica do Brasil. São 477 quilômetros em dois eixos (Leste e Norte), e beneficiará 12 milhões de pessoas em 390 municípios dos estados do Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba e Ceará. O Eixo Norte, que atende a região Seridó, traz água de Cabrobó (PE), passando por PB e CE até chegar ao RN. O volume do fluxo inicial das águas é de 2,95 m³/s com prioridade para abastecimento humano e agricultura familiar.

A água que começou a chegar ao RN vem das barragens Caiçara, Engenheiro Ávidos e São Gonçalo, na Paraíba. O destino final é a barragem Oiticica, no município de Jucurutu, que tem capacidade para 742 milhões de metros cúbicos e Armando Ribeiro, localizada entre os municípios de Assu, Itajá e São Rafael, com capacidade para 2,4 bilhões de metros cúbicos.

A Barragem Oiticica foi inaugurada em março deste ano pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e pela governadora Fátima Bezerra. O reservatório beneficia 43 municípios e permitindo a irrigação de 10 mil hectares.

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A comitiva liderada pelo ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional Waldez Góes encerrou a agenda do Caminho das Águas dessa quinta-feira (12) com visita à Estação de Tratamento de Água 1 da Adutora do Seridó, localizada no município de Jucurutu, no Rio Grande do Norte. Essa é mais uma obra de infraestrutura hídrica presente na carteira do Novo PAC que vai levar água do rio São Francisco para a população potiguar.

Durante a visita técnica, o ministro Waldez Góes relembrou o compromisso do presidente Lula, desde o início de seu mandato, com as obras de segurança hídrica no Nordeste. “Quem fez o orçamento de 2023 não botou dinheiro para essas obras de segurança hídrica. Aí o presidente Lula preparou a PEC da Transição e apresentou ao Congresso.

Depois, o ministro Rui Costa construiu o Novo PAC, ouvindo os governadores, e criou o eixo Água para Todos, que trata de revitalização de bacias, de obras de infraestrutura hídrica, de tecnologia social e de abastecimento, e destinou R$ 30 bilhões”, afirmou.

A ETA?1 (EB1) capta água da barragem Armando Ribeiro Gonçalves, trata e envia para Jucurutu, Florânia, Currais Novos, Cruzeta e São Vicente por meio da Adutora do Seridó. O diferencial dessa obra é que, em caso de necessidade, a estrutura poderá também captar água da barragem de Oiticica, garantindo segurança hídrica para a região.

O secretário nacional de Segurança Hídrica do MIDR, Giuseppe Vieira, explicou que a água vai ser distribuída já tratada. “A água vai passar por todo o sistema de tratamento na estação para depois ser disponibilizada através das redes adutoras para todas as cidades beneficiadas no Seridó, que é a região que mais sofre com seca e estiagem no Rio Grande do Norte”, destacou.

Avanço da obra

Com 112 quilômetros de extensão e 81% de avanço das obras, a Adutora do Seridó já recebeu mais de R$ 310 milhões em investimentos. A capacidade de adução de água chega a 375 litros por segundo. “É garantia de segurança hídrica para 50 anos”, disse Flávio Fernandes, analista em desenvolvimento regional da Codevasf e fiscal da obra.

A governadora do Rio Grande do Norte acompanhou a visita e celebrou o avanço dos trabalhos. “Essa estação de tratamento aqui em Jucurutu, que distribuirá as águas do São Francisco via sistema Adutor do Seridó, é mais um sonho, porque se soma à barragem de Oiticica — que nós já entregamos recentemente, inclusive com a presença do presidente Lula — à passagem das Traíras e a primeira etapa do Ramal do Apodi. Então é um momento realmente para a gente celebrar”, declarou.

O prefeito de Currais Novos, Lucas Galvão, agradeceu o empenho do Governo Federal em garantir que a obra seja concluída com rapidez para atender a população. “A gente vive na região que menos chove do Seridó, já passamos maus momentos, mas é gratificante ver a obra avançando para atender nossa população”, disse. O sistema tem capacidade para atender inicialmente cerca de 80 mil pessoas, mas esse número vai aumentar com a expansão do sistema para outras cidades da Serra de Santana.

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