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O Governo do Rio Grande do Norte, por intermédio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, da Tecnologia e da Inovação (SEDEC) monitora atentamente os desdobramentos do cenário internacional sobre as implicações dos aumentos de tarifas, por parte dos Estados Unidos, para produtos importados do Brasil. A nota foi divulgada na tarde desta quinta-feira (10). Essa monitorização visa orientar iniciativas que mitigam as consequências na economia potiguar.

Segundo a SEDEC, o anúncio do aumento da tarifa para 50%, a partir de agosto deste ano, exige um acompanhamento ainda mais rigoroso e uma atuação articulada com o Governo Federal e os setores produtivos, para preservar a competitividade dos setores exportadores do RN. O governo potiguar destaca que vem monitorando com atenção desde março, quando ocorreu o anúncio das primeiras elevações.

A nota ainda destaca que, diante da atual guerra tarifária imposta pelo governo Trump, o Estado do Rio Grande do Norte, por meio de seus órgãos de planejamento e desenvolvimento econômico, monitora atentamente os desdobramentos do cenário internacional.

Embora o Rio Grande do Norte possua uma pauta diversificada no comércio exterior, as exportações e importações para o mercado norte-americano têm participação expressiva. Entre janeiro e março deste ano, o RN exportou US$ 26,2 milhões para os Estados Unidos, enquanto as importações somaram US$ 9,8 milhões, resultando em um superávit de US$ 16,4 milhões na balança comercial bilateral.

Em 2024, as exportações do Rio Grande do Norte para os Estados Unidos totalizaram US$ 67,1 milhões. Os dez principais produtos exportados nesse período incluíram produtos de origem animal impróprios para alimentação humana, caramelos e confeitos, albacoras-bandolim frescos, outros açúcares de cana, sal marinho a granel, querosenes de aviação, granitos, albacoras/atuns frescos, mangas frescas e castanha de caju fresca ou seca.

As importações, por sua vez, totalizaram US$ 76,2 milhões em 2024. Entre os produtos oriundos dos Estados Unidos, destacam-se o óleo diesel, outras gasolinas, coque de petróleo, copolímeros de etileno e alfa-olefina, trigo e misturas de trigo com centeio, copolímeros de etileno e ácido acrílico, medicamentos com compostos heterocíclicos, caldeiras aquatubulares, poli(cloreto de vinila) não misturado com outras substâncias e medicamentos contendo produtos para fins terapêuticos.

É importante notar que, somente nos seis primeiros meses de 2025, o volume exportado para os Estados Unidos já se iguala ao montante exportado ao país durante todo o ano de 2024.

“Diante dessas circunstâncias, é relevante fortalecer as políticas públicas adotadas pelo Governo do Rio Grande do Norte para o desenvolvimento sustentável, no que diz respeito à competitividade de nossos produtos no mercado externo”, diz trecho da nota.

Segundo outro trecho da nota, as ações recomendadas incluem: mapear com precisão as barreiras tarifárias e não tarifárias em vigor para cada produto nos EUA; investir na capacitação técnica de exportadores locais sobre exigências sanitárias e padrões internacionais; fomentar acordos comerciais e protocolos fitossanitários bilaterais, inclusive por meio de articulação federativa; incentivar o reposicionamento de produtos nas cadeias de valor globalizadas, com foco em diferenciação e sustentabilidade; e apoiar a busca por novos mercados-alvo, especialmente na Ásia e América Latina.

“Simultaneamente, há firme convicção de que as iniciativas adotadas pela Presidência da República em defesa da soberania brasileira e preservação da competitividade dos produtos nacionais no mercado externo — com assessoramento e respaldo dos Ministérios da Fazenda; do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; e das Relações Exteriores — assegurarão a continuidade do crescimento e da prosperidade”, encerrou.

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Dentre os principais produtos exportados, o óleo combustível, as frutas tropicais frescas (melão, mamão e melancia) e o sal marinho.

Com o resultado de uma corrente de comércio em US$ 83 milhões no mês, o Rio Grande do Norte somou na Balança Comercial de maio, US$ 45,7 milhões em exportações e US$ 37,4 milhões em importações, acumulando aos cinco primeiros meses de 2025, US$ 413 milhões em exportações e US$ 200,1 milhões nas importações, demonstrando superávit comercial expressivo no período, o que consolida a importância crescente do estado no cenário do comércio internacional brasileiro. Esses e outros dados estão disponíveis no Boletim da Balança Comercial – Nº07/2025, divulgado nesta quinta-feira (05) pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação.

Dentre os principais produtos exportados, o óleo combustível rendeu US$ 24 milhões, as frutas tropicais frescas (melão, mamão e melancia) US$ 5,4 milhões e o sal marinho US$ 2,8 milhões. Os principais destinos das exportações foram: os Estados Unidos, a Nigéria, o Reino Unido, Portugal e os Países Baixos.

No que diz respeito às importações, destacaram-se os seguintes bens e insumos: outras gasolinas (exceto para aviação) com US$ 6,7 milhões; máquinas e aparelhos para esmagar, moer ou pulverizar substâncias minerais sólidas com US$ 6,3 milhões; e, grupos eletrogêneos de energia eólica US$ 3,2 milhões. Os principais parceiros comerciais nas importações realizadas pelo estado foram: China, Rússia, Estados Unidos e Uruguai.

No Boletim você ainda confere um detalhamento dos valores movimentados por cada produto, além dos principais modais utilizados nas exportações e importações

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