pesca

Iniciado o período de defeso da lagosta no Rio Grande do Norte. A suspenção da captura, teve início no dia 1º de novembro e segue até 30 de abril de 2026, impondo restrições à captura, transporte, beneficiamento e comercialização em todo o litoral potiguar. A medida integra a política nacional de manejo sustentável da pesca e tem o objetivo de garantir o repouso reprodutivo dos crustáceos, assegurando a recomposição dos estoques marinhos e a sobrevivência das espécies exploradas economicamente. O defeso vale para toda a faixa costeira do país, incluindo o Rio Grande do Norte.

O superintendente do Ibama no RN, Rivaldo Fernandes, a restrição abrange as conhecidas lagostas vermelhas (Panulirus argus) e verdes (Panulirus laevicauda), e também inclui a espécie pintada (Panulirus echinatus), ampliando o alcance da norma de preservação. Durante o defeso, a captura dessas espécies está completamente proibida, e as atividades de transporte e comercialização seguem regras específicas.

“Durante todo o período de defeso, ficam permitidos o armazenamento, o transporte, o processamento e a comercialização das lagostas destinadas à exportação, mediante Declaração de Estoque”, esclarece Rivaldo. No RN, para que as regras sejam devidamente cumpridas, o Ibama iniciou as fiscalizações na última segunda-feira (3). Na tarde desta quarta-feira (05), a equipe apurava o caso de um produtor que não emitiu a nota que comprove a origem do pescado. Em fiscalização na terça (06), segundo Tomaz, houve apreensão de polvos pescados irregularmente.

As ações, que devem durar mais 30 dias, fazem parte de uma força-tarefa nacional que cobre os estados do Amapá ao Espírito Santo, e incluem tanto a abordagem de embarcações quanto o monitoramento de estoques declarados nos estabelecimentos comerciais.

Nos últimos anos, as principais infrações registradas durante o defeso da lagosta no RN envolvem embarcações sem licença específica para a pesca, uso de petrechos não permitidos e ausência da Declaração de Estoque. Rivaldo Fernandes afirma que a maioria dos pescadores respeita as normas. “As penalidades são apreensão do produto ilícito e multa que pode variar de R$ 700,00 a R$ 100.000,00 com acréscimo de R$ 20,00 por kg ou fração do produto ilícito”, explica.

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Agência Brasil

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) vai buscar novos mercados para serem alternativa às exportações brasileiras que poderão ser afetadas com o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de taxar em 50% os produtos importados do Brasil. O ministro Carlos Fávaro disse nesta quinta-feira (10) que o governo busca minimizar os impactos da decisão dos Estados Unidos. 

“Vou reforçar essas ações, buscando os mercados mais importantes do Oriente Médio, do Sul Asiático e do Sul Global, que têm grande potencial consumidor e podem ser uma alternativa para as exportações brasileiras. As ações diplomáticas do Brasil estão sendo tomadas em reciprocidade. As ações proativas vão acontecer aqui no Ministério da Agricultura e Pecuária para minimizar os impactos”, disse Fávaro, em pronunciamento nas redes sociais.

Em carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quarta-feira (9), o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que as sanções passam a valer a partir do dia 1º de agosto.

Fávaro classificou a ação do governo norte-americano como “indecente” e disse que o governo brasileiro está agindo de forma proativa. Ele relatou que já conversou com as principais entidades representativas dos setores mais afetados, como de suco de laranja, de carne bovina e de café para encontrar alternativas.

“Para que possamos, juntos, ampliar as ações que já estamos realizando nos dois anos e meio do governo do presidente Lula em ampliar mercados, reduzir barreiras comerciais e dar oportunidade de crescimento para a agropecuária brasileira”.

No setor de agronegócio, açúcar, café, suco de laranja e carne representam os principais itens da pauta brasileira aos norte-americanos. Segundo especialistas ouvidos pela Agência Brasil, um dos efeitos colaterais de curto prazo deve ser a queda de preços no mercado interno, especialmente das commodities agrícolas que deixarão de ser exportadas.

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) já calcula que a medida de Trump tornará o custo da carne brasileira tão alto que inviabilizará a venda do produto para os Estados Unidos.

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