Nordeste

Em junho, o índice de volume de serviços no Rio Grande do Norte obteve uma variação positiva de 1,3% ante o mês de maio. O índice de receita nominal de serviços, estimado em 1,2%, também cresceu no mesmo período. O resultado dá ao estado o melhor desempenho entre os estados do Nordeste, empatando apenas com o Ceará em receita nominal (1,2%), mas superando o estado vizinho em volume de serviços (0,1%). Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estado potiguar foi obteve a melhor posição da Região em três das seis variáveis analisadas pelo Instituto. A variação de junho deste ano frente a junho passado foi de 11,6% para o índice de receita de serviços e de 6,4% para o índice de volume de serviços, ficando a frente do Maranhão (9,2% – receita; 4,9% – volume), e da Paraíba (7,7% – receita; 3,7% – volume).

O RN também teve o melhor desempenho na variação acumulada no ano em relação ao mesmo período do ano anterior, com índice de 11,9% na receita nominal de serviços e 6,4% no volume de serviços.

Na variação acumulada em 12 meses, em relação ao período anterior de 12 meses, o setor de serviços potiguar ficou com o segundo melhor desempenho da Região, com índice de receita nominal de serviços de 13,5% e índice de volume de serviços de 8,5%, atrás apenas de Sergipe, que obteve variação de 13,9% e 8,5% em ambos os indicadores, respectivamente.

Turismo potiguar recua em junho

Em comparação com o mês de maio, o setor de turismo do Rio Grande do Norte recuou 0,8% em volume das atividades e 0,5% em receita nominal no mês de junho de 2025.

A nível nacional, o índice de atividades turísticas recuou 0,9% frente ao mês imediatamente anterior, segundo resultado negativo seguido, período em que acumulou uma perda de 1,3%. Com esse desempenho, o setor de turismo brasileiro se encontra 11,6% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 1,8% abaixo do ápice da sua série histórica, alcançado em dezembro de 2024.

Regionalmente, 11 dos 17 locais pesquisados acompanharam este movimento de queda verificado na atividade turística nacional (-0,9%). A influência negativa mais relevante ficou com Minas Gerais (-4,2%), seguido por Rio de Janeiro (-1,5%), Santa Catarina (-3,6%) e Paraná (-2,1%). Em sentido oposto, São Paulo (0,6%) e Distrito Federal (3,4%) lideraram os ganhos do turismo neste mês.

Em comparação com junho passado, o volume de atividades turísticas do RN teve variação positiva de 2,9%, e de 6,3% na variação acumulada do ano (em relação ao mesmo período do ano anterior. Já na variação acumulada dos últimos 12 meses, as atividades turísticas no território potiguar cresceram 7,5%.

Sobre a PMS

A Pesquisa Mensal de Serviços tem como objetivo produzir indicadores que permitam acompanhar o comportamento conjuntural dos principais segmentos empresariais não-financeiros do setor de serviços, excluindo-se os da saúde e da educação, complementando, através da análise de curto prazo, o mapeamento da estrutura das atividades de serviços no País, efetuado pela Pesquisa Anual de Serviços – PAS.

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A contribuição da polinização animal para o valor de produção agrícola e extrativista do Rio Grande do Norte subiu para quase 45% em menos de 30 anos, dando ao estado o maior Indicador do Nordeste e o segundo maior do país. Em 1996, o Indicador de Contribuição dos Polinizadores no Valor da Produção era de 24,2%, crescendo para 31,4% em 2020, e chegando a 44,9% em 2023. Os dados foram obtidos por um estudo experimental, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado nesta quintafeira (17), que analisou as tendências da contribuição direta da polinização por abelhas, borboletas, besouros, morcegos entre outras espécies animais para a produção agrícola e extrativista brasileira entre os anos de 1981 e 2023.

De acordo com o estudo, o RN possui o maior Indicador entre os estados do Nordeste, seguido pelo Ceará (34,4%) e pela Bahia (27,3%). Em todo o Brasil, o estado fica em segundo lugar, atrás apenas do Espírito Santo (46,8%). Quando considerada a lavoura temporária, o RN ocupa o primeiro lugar nacional, com um Indicador de 39,9%. Além disso, a contribuição da polinização animal para a agricultura e o extrativismo no território potiguar também é maior do que na Região Nordeste (21,84%) e no Brasil (16,14%).

O Indicador de Contribuição dos Polinizadores no Valor da Produção representa a participação das culturas dependentes de polinização animal em relação ao total produzido, levando em conta os diferentes graus de dependência de polinização de cada espécie de planta. Ele é calculado por meio da ponderação do valor de produção de cada produto por seu grau de dependência de polinização e reflete a distribuição dos produtos dependentes de polinização e sua participação no valor total de produção em cada recorte geográfico. Quanto maior esse indicador, maior a contribuição estimada da polinização animal.

“A produção agrícola e extrativista do RN é baseada largamente em espécies de plantas que dependem dos polinizadores para produzir”, explicou o analista da Coordenação de Meio Ambiente do IBGE e coordenador técnico do estudo, Leonardo Lima Bergamini, citando como exemplos as culturas do melão, mamão e castanha de caju no estado. A polinização consiste na transferência do pólen entre as partes masculinas e femininas das flores, viabilizando fertilização e reprodução de plantas, através da produção de frutos e sementes. Esse processo pode ser mediado por agentes como a água, o vento e a gravidade (polinização abiótica), ou realizado por animais (polinização biótica), e desempenha um papel crítico na sustentabilidade dos sistemas agrícolas e extrativistas.

O estudo do IBGE pode contribuir para a elaboração de políticas públicas voltadas à polinização animal para a agricultura e o extrativismo. “O Indicador permite identificar os municípios cuja economia é baseada nesses produtos para que seja dada uma atenção especial às práticas produtivas que favoreçam a manutenção desse serviço ambiental, como práticas ligadas ao uso de defensivos agrícolas, conservação das áreas nativas no entorno das lavouras, técnicas de manejo com menor impacto sobre as abelhas que nidificam no solo etc”, comentou Bergamini.

No território potiguar, o maior Indicador está nas lavouras permanentes, como as de castanha de caju, maracujá e mamão, que ficou em 55,7% em 2023. Já nas lavouras temporárias, como melão, melancia e feijão, o Indicador foi de 39,9%. Embora menor, o Indicador nos produtos do extrativismo, como umbu e mangaba, também foi relevantchegando a 26,9% no mesmo ano.

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Resultado de iniciativas do Consórcio Nordeste, durante a presidência da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, em 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta quarta-feira (28) o programa Chamada Nordeste. A iniciativa visa impulsionar a indústria regional com foco na infraestrutura de serviços e na inovação.

O Chamada Nordeste terá investimento de R$ 10 bilhões e envolve o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, a Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP, o Banco do Brasil – BB, Banco do Nordeste do Brasil – BNB, Caixa Econômica Federal – CEF, com apoio técnico da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE e do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste – CNE.

“Esta é uma conquista histórica que é fruto de forte articulação iniciada quando estávamos na presidência do Consórcio Nordeste. Unimos forças para criar as condições que agora se transformam em oportunidades reais. É a maior oferta de crédito já vista para nossa Região!”, destacou a governadora Fátima Bezerra.

A Chefe do Executivo do RN acrescenta que com a união dos governadores do Nordeste e o apoio do Governo Federal “chegou a hora de tirar grandes projetos do papel, gerar empregos, distribuir renda e fortalecer nossa capacidade produtiva. O futuro do Nordeste se constrói com coragem, união e investimento”, avaliou.

O presidente da República pontuou que “É a maior disponibilidade de recursos para que se faça investimento na indústria do Nordeste. São R$ 10 bilhões em créditos para quem quiser implantar projetos na Região. Isso nunca tinha acontecido antes. Nunca houve uma disponibilidade de crédito para o Nordeste como estamos fazendo agora”, frisou o presidente Lula ao anunciar o programa, no município de Salgueiro, em Pernambuco.

“São recursos para trazer indústrias pequenas, médias e grandes para o interior do Nordeste. Por exemplo, um empresário pode propor a construção de porto seco em Salgueiro, por onde passa a Transnordestina, para trazer geração de renda e oportunidades de emprego para a população local”, explicou o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Os recursos serão disponibilizados por meio de diversas modalidades de fomento, incluindo crédito, subvenção econômica, participação acionária e recursos não reembolsáveis (para projetos cooperativos entre empresas e instituições tecnológicas). A expectativa é que esse aporte financeiro impulsione a inovação e o desenvolvimento em setores chave para a Região.

“No caso do Rio Grande do Norte, esse programa chega em um momento decisivo. Temos vocações claras em áreas como energias renováveis, bioeconomia, tecnologia e produção agrícola, e agora dispomos de um instrumento concreto para transformar essas potencialidades em novos empreendimentos, empregos qualificados e geração de renda”, ressaltou o secretário adjunto da SEDEC (Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico do RN).

Para o secretário de Estado da Fazenda, Cadu Xavier, essa é uma vitória construída a muitas mãos, com destaque para a liderança da governadora Fátima Bezerra à frente do Consórcio Nordeste, que teve papel essencial na articulação dessa política pública. “O Governo do Estado está preparado para apoiar os empreendedores e atrair investimentos que vão colocar o RN na vanguarda da economia verde, da inovação tecnológica e da indústria sustentável no Brasil”, disse.

A iniciativa está inserida no Programa Nova Indústria Brasil (NIB), que busca a promoção da reindustrialização nacional por meio de propostas estabelecidas na Resolução do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial nº 01/2023, de 06/07/2023, com o objetivo de fomentar Planos de Negócio que contemplem investimentos estratégicos nos estados da Região Nordeste.

As Propostas deverão estar dentro das seguintes temáticas:

Energias Renováveis

Foco em Armazenamento: iniciativas voltadas para soluções de armazenamento de energia renovável e que proponham tecnologias disruptivas ou melhorias significativas em baterias, sistemas de armazenamento térmico, hidrogênio ou outras formas emergentes de retenção de energia, inovação em gestão de carga, armazenamento de longa duração e soluções escaláveis que impulsionem a transição energética promovendo maior autonomia e segurança para redes elétricas sustentáveis.

Bioeconomia

Foco em Fármacos: iniciativas que unam biotecnologia e inovação para o desenvolvimento de fármacos sustentáveis, derivados de recursos biológicos renováveis. O objetivo é fomentar a criação de medicamentos, ingredientes ativos e terapias de origem natural, com menor impacto ambiental e maior eficiência produtiva.

Descarbonização Foco em Hidrogênio Verde

H2V: iniciativas que impulsionem a produção, distribuição e aplicação do H2V em escala, que explorem novas tecnologias para eletrólise da água com energia renovável, sistemas de armazenamento e soluções para integração industrial, visando reduzir drasticamente as emissões de carbono.

Data Center Verde

iniciativas que proponham soluções para a implantação ou adaptação de data centers verdes, incluindo o uso de energia renovável, eficiência energética, reaproveitamento de calor, resfriamento inovador e gestão inteligente de recursos, visando a redução da pegada de carbono e dos custos operacionais.

Automotiva e máquinas agrícolas

Desenvolvimento de soluções que promovam o incremento da eficiência energética, do desempenho estrutural e da disponibilidade de tecnologias assistivas à direção dos veículos comercializados no país, incremento da produtividade das indústrias para a mobilidade e logística; valorização da matriz energética brasileira por meio de inovações que permitam o uso combustíveis sustentáveis de baixo teor de carbono e formas alternativas de propulsão; aumento dos investimentos em P&D realizados em território nacional. As soluções deverão ser aplicáveis em automóveis, caminhões e seus implementos rodoviários, ônibus, chassis com motor, máquinas autopropulsadas (incluindo as máquinas agrícolas para ao agronegócio e para a agricultura familiar que possuam sistema próprio de propulsão) e de autopeças.

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