Estamos com o cérebro gangrenando pelo fanatismo político

Estamos com o cérebro gangrenando pelo fanatismo político

Por Fabiano Souza

“Quando o fanatismo gangrena o cérebro, a enfermidade é incurável”. A frase de Voltaire, não poderia ser melhor aplicada ao que vivo nesse momento.

O Brasil vive um momento de fanatismo político que faz com que eu tenha a impressão de que o cenário político nacional foi divido em duas grandes seitas Isso porque o que vejo nas ruas e principalmente nas redes sociais, são pessoas(potenciais eleitores) que assumem características marcantes de adeptos das seitas, que são a idolatria cega aos seus líderes (Bolsonaro e Lula), elevados a seres especiais com autoridade divina e liderança existencial. O fanatismo infelizmente invadiu o terreno político no Brasil, os programas e as bandeiras partidárias se tornam descartáveis, o que importa é o “líder”. Por isso, tem sido comum pessoas, transformadas em indivíduos abnegados, desprovidos de espírito crítico e freios morais, saírem em defesa dos seus idolatrados como cães ferozes, saem em defesa dos seus “donos”.

Independente das atrocidades e dos desvios de conduta que esses lideres praticam ou defendem publicamente, seja corrupção, homofobia, machismo, xenofobia, ou misogenia, os “fiéis”, se mantém firmes e fortes, exibem traços de fundamentalismo em defesa dos seus líderes.

Não acho que seria nenhuma sandisse comparar hoje, os seguidores de Bolsonaro(com mais fervor) e os de Lula, aos representantes de seitas radicais, como ocorreu Europa no século passado, proporcionado pelo fanatismo aliado à política, que culminou no nazismo de Adolf Hitler, na Alemanha, e fascismo de Benito Mussolini na Itália na década de 40. O saldo não poderia ter sido mais funesto: milhões de judeus foram asfixiados em câmeras de gás por discordarem de um louco varrido. Ou o caso de Jim Jones, um pastor do Tempo Popular, com orientação socialista, que no auge de sua insanidade ordenou que seus 918 discípulos cometessem o suicídio coletivo em Jonestown em 1979, depois de submetê-los a um intenso processo de lavagem cerebral.
Temo meus amigos, temo pelo comportamento tão alucinante quanto oportunista dessas pessoas que vão as ruas ou se expressam através das redes sociais em nome de líderes, e do fanatismo, sem a mínima preocupação com os princípios básicos para a sobrevivência da humanidade, que poderiam ser pautados no Cristianismo, que é “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei(João-13:34/35), ou os princípios básicos dos direitos humanos, da inviolabilidade da pessoa: não se pode impor sacrifícios a um indivíduo em razão de que tais sacrifícios resultarão em benefício a outra pessoa.

Princípio da autonomia da pessoa: toda pessoa é livre para a realização de qualquer conduta, desde que seus atos não prejudiquem terceiros.

Princípio da dignidade da pessoa: verdadeira núcleo-fonte de todos os demais direitos fundamentais do cidadão, por meio do qual “todas as pessoas devem ser tratadas e julgadas de acordo com os seus atos, e não em relação a outras propriedades suas não alcançáveis por eles”.

Se você conseguiu ler esse desabafo, reflita sobre o que você está defendendo! Bom domingo!

Um comentário em “Estamos com o cérebro gangrenando pelo fanatismo político

  1. De fato, o que vemos no Brasil hoje é uma polarização sem igual, onde não há, diria, uma ideologia política e, sim, um extremado comportamento de ideias. Já não há uma preocupação com o bem-estar, com o bem-comum da sociedade. Pelo contrário, vivemos um ciclo onde o poder se sobrepõe às forças naturais, aos bons princípios e aos ditames que regem os cidadãos plenos. Estamos, como sociedade, esquecendo-nos de nos manter equilibrados, e entrando nesse funil capaz de fomentar o que de pior existe na Terra. Particularmente, acho que não devemos esquecer o que aconteceu no passado e tampouco deixar de olhar o que acontece no presente. Depois ignoramos quando nos falam que somos um país sem memória…

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